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Forças Armadas completam dois meses de operação Taquari II

Com MD. - 02/07/2024
 

- Forças Armadas completam dois meses de operação Taquari II com a montagem de 123 casas provisórias no Rio Grande do Sul. Sob coordenação do Ministério da Defesa, a operação já envolveu 18 mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica na força-tarefa do Governo Federal para apoiar a região. Esforços para restabelecer infraestrutura básica do estado, inclui instalação de 12 pontos de travessia; limpeza de 58 escolas e 9 unidades de saúde. Já foram resgatadas cerca de 71 mil pessoas e 10,5 mil animais, por via aérea, fluvial e terrestre.-
As Forças Armadas, sob coordenação do Ministério da Defesa (MD), completaram dois meses de assistência à população do Rio Grande do Sul, afetada por fortes chuvas. Durante o período, os militares montaram 123 casas provisórias enviadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), em Canoas (RS). As unidades modulares têm capacidade para acolher, aproximadamente, 3.700 pessoas. Desde o início da operação Taquari II, em 30 de abril, a força-tarefa do Governo Federal já mobilizou 19,5 mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Até agora, mais de 84 mil pessoas e 10,5 mil animais foram resgatados.

"Nos primeiros dez dias, nossa prioridade foi o resgate de pessoas, seguido pelo resgate de animais e pelo acolhimento em abrigos", relatou o Chefe do Estado-Maior do Comando Conjunto Taquari II, General de Brigada Marcelo Zucco. "Nossa preocupação subsequente foi com a reconstrução. Apesar de estarmos aqui há 60 dias após o desastre ambiental, ainda há muito lixo nas ruas e nas casas. Muitas pessoas não conseguem retirar os entulhos de suas casas sozinhas. Então, também estamos ajudando nesse trabalho”, afirmou.

As principais atividades realizadas pelos militares incluem transporte de desalojados; resgate de pessoas ilhadas; distribuição de alimentos, água potável, medicamentos e donativos; recuperação de infraestruturas danificadas, como escolas; desobstrução de vias; e instalação de Hospitais de Campanha (HCamp).

Apoio à Saúde - No âmbito da saúde, as Forças Armadas instalaram oito HCamp - média de 20 a 40 leitos por unidade - para ofertar atendimento em especialidades como clínica médica, pediatria, ortopedia e cirurgia geral. Os hospitais militares foram distribuídos nas cidades de Canoas, Eldorado do Sul, Estrela, Guaíba, Novo Hamburgo, Porto Alegre, Rio Grande e São Leopoldo. Cada módulo tem capacidade para 60 atendimentos por dia. Ao longo de dois meses, foram realizados 25 mil atendimentos médicos.

"Os HCamp visam suprir as demandas dos municípios, uma vez que muitos estabelecimentos de saúde foram atingidos, comprometendo o apoio à população local", explica o Coordenador do Centro de Operação dos HCamp, Major Frederico Altermann Neto. "Desde o início, foram realizados diversos tipos de atendimentos, incluindo surtos de doenças como infecções gastrointestinais, respiratórias e leptospirose, bem como suturas", comentou.

Além dos atendimentos, foram realizados 394 resgates aeromédicos. Um deles foi de uma criança de dois anos com quadro clínico grave, por meio de um helicóptero configurado como Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica. Também foi realizado o transporte de 33 litros de leite materno, para alimentar até 65 bebês prematuros internados na região, por uma semana.

Volta à normalidade - Na cidade de Eldorado do Sul (RS), que teve 80% de seu território devastado, as Forças Armadas realizaram um mutirão para limpeza e serviços essenciais, como impressão emergencial de documentos, atendimentos médicos e veterinários, distribuição de donativos e outras atividades.

As Forças Armadas também concentraram esforços na recuperação de infraestruturas locais danificadas de mais de 100 escolas, como a maior escola de Guaíba (RS), com capacidade para 1.700 alunos. Ainda sobre a retomada da infraestrutura das cidades atingidas, foram removidos 83.789 m3 de entulho, o equivalente a 6.982 caminhões caçamba. Também foram instaladas ou recuperadas 10 pontes e passadeiras de pedestres. Para restabelecer o fluxo de carros em um dos principais trechos da região de Santa Maria (RS), foi instalada uma ponte de Suporte Logístico (Logistic Support Bridge), que substitui provisoriamente a ponte sobre o Arroio Grande (RS), na rodovia BR 287.

Outra ação foi a instalação de 2 estações móveis de tratamento de água, com capacidade para gerar até 20 mil litros de água potável por hora. Até o momento, foram tratados 263 mil litros de água. Militares treinados em lidar com substâncias químicas, biológicas, radiológicas e nucleares, juntamente com técnicos da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), realizaram uma inspeção para verificar a presença de substâncias tóxicas em Canoas (RS). Durante a inspeção, eles coletaram aproximadamente 2 mil recipientes contendo produtos químicos.

Operação Taquari II - Até o momento, a operação envolveu cerca de 55 embarcações (navios e embarcações), 27 aeronaves (aviões e helicópteros) e 1.710 viaturas, além de equipamentos de engenharia. A primeira fase da operação Taquari ocorreu de Setembro a Dezembro de 2023, em resposta às fortes chuvas no Rio Grande do Sul. Na ocasião, militares das Forças Armadas foram mobilizados para ajudar os municípios afetados. As atividades incluíram busca e resgate, distribuição de suprimentos e reconstrução. A experiência prévia da Taquari I subsidiou a Taquari II, com capacidade para  a capacidade de resposta das Forças Armadas em situações de emergência.

NOTÍCIA ANTERIOR - Brasília (DF), 6/6/2024 - Desde o início da Operação Taquari II, há pouco mais de 30 dias, 14.964 atendimentos médicos foram efetuados, demonstrando o compromisso e a eficiência das Forças Armadas em responder a situações de crise e apoiar o sistema de saúde local do Rio Grande do Sul, após uma das maiores enchentes já registradas na história do estado. Com a montagem de nove Hospitais de Campanha (Hcamp), distribuídos entre o Exército, a Marinha e a Força Aérea Brasileira, 220 leitos foram disponibilizados para atender as necessidades médicas emergenciais da população.  Os Hospitais estão instalados em Estrela, Eldorado do Sul, Rio Grande, São Leopoldo, Canoas, Porto Alegre e Guaíba. Eles têm desempenhado um papel fundamental no atendimento à população afetada, oferecendo serviços médicos emergenciais, como atendimentos de urgência e emergência, cirurgias, pediatria, odontologia, ortopedia, ginecologia e obstetrícia, além de suporte psicológico. As estruturas hospitalares contam com  os profissionais militares de saúde, que se dedicam a prestar o atendimento às vítimas das enchentes, contribuindo para aliviar a pressão sobre os hospitais locais.  Tayllor Zenger, paciente do Hcamp da Força Aérea em Canoas (RS), precisou de atendimento médico de emergência e foi prontamente assistido. “É reconfortante saber que as Forças Armadas estão ao nosso lado, nos ajudando e buscando o bem-estar da população. Cheguei aqui e fui bem recebido; o médico explicou todo o procedimento realizado”, destacou Zenger.  Na Operação Taquari II, equipes de socorro têm sido mobilizadas para auxiliar em evacuações médicas. Recentemente, uma bebê com apenas 5 dias de vida foi transportada pelas Forças Armadas dentro de uma incubadora chamada “Babypod”, que utiliza a mesma tecnologia de proteção dos pilotos de Fórmula 1. Essa operação foi realizada em parceria com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul (CBMRS), e a criança foi encaminhada para atendimento em uma unidade de saúde em São Leopoldo (RS).
Sob coordenação do Ministério da Defesa, a operação já envolveu 18 mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica na força-tarefa do Governo Federal para apoiar a região. Os esforços para restabelecer a infraestrutura básica do estado, inclui a instalação de 12 pontos de travessia; limpeza de 58 escolas e 9 unidades de saúde. Até o momento, já foram resgatadas cerca de 71 mil pessoas e 10,5 mil animais, por via aérea, fluvial e terrestre.
Com MD.

 

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