BRASÍLIA - Luiz Alberto Menezes Barreto, Diretor de Comunicações do Sindicato Nacional dos Participantes das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (SINPREV), publicou um esclarecimento nas redes sociais do sindicato, abordando uma recente matéria do jornal Estadão. A reportagem, segundo ele, distorceu fatos relacionados à dívida de R$ 7,6 bilhões dos Correios com o fundo de pensão Postalis, e causou confusão entre os participantes.
Luiz Alberto Menezes explicou que, sim, os Correios assinaram um termo de confissão de dívida, mas destacou que isso foi feito por obrigação legal, e não como forma de socorro ao Postalis. "Todo plano de previdência complementar fechado com déficit é obrigado a fazer um equacionamento, dividindo 50% da responsabilidade entre a patrocinadora e 50% entre os participantes", afirmou. Ele esclareceu que os Correios vêm pagando essa dívida desde 2014, após o primeiro equacionamento, e não se trata de dinheiro novo, como sugerido na matéria.
Ele também desmentiu a ideia de que o governo estaria socorrendo o Postalis ou os Correios, apontando que nunca houve aporte financeiro do governo para cobrir o déficit. "Essa responsabilidade pelo rombo não é dos participantes, e nunca houve dinheiro do governo para nos socorrer", afirmou Luiz Alberto Menezes.
Outro ponto de crítica foi a origem do déficit. Luiz Alberto Menezes atribuiu o rombo ao banco americano BNY Mellon, responsável por prejuízos ao Postalis que foram comprovados em investigações da CPI e pelo Ministério Público de São Paulo. "O banco já foi acionado judicialmente para o ressarcimento de R$ 8,5 bilhões pelos danos que causou ao nosso fundo", ressaltou.
Luiz Alberto Menezes também corrigiu a informação sobre o fechamento do plano BD do Postalis, mencionado de forma equivocada na reportagem. Ele explicou que o plano foi fechado em 2005, e desde então, todos os novos empregados dos Correios ingressaram no plano Postalprev. O plano BD foi "saudado" em 2008, quando os Correios assumiram uma dívida conhecida como RTSA, que deixou de ser paga em 2014.
"Esse termo de confissão de dívida, se tivesse sido assinado naquela época, teria evitado a suspensão dos pagamentos da RTSA. Agora, ele garante que nós, os participantes, não seremos responsáveis por essa dívida no futuro, como estamos sendo no caso da RTSA", explicou Luiz Alberto Menezes.
Ao final, Luiz Alberto Menezes criticou o tom político da matéria do Estadão, alertando que a distorção dos fatos cria falsas esperanças e expectativas entre os participantes, gerando frustração. "Nosso sofrimento não pode ser usado para politicagem. Se querem ajudar, que façam isso com seriedade", concluiu o Diretor de Comunicações do Sindicato.
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